terça-feira, 19 de julho de 2011

Vitória do Japão na copa do mundo põe em cheque : O que falta para o Brasil se assumir como potência no futebol feminino?

seleção japonesa campeã do mundo pela primeira vez

No domingo, 17, a surpreendente seleção japonesa , depois de empatar em 1x1 no tempo normal, e depois de sair perdendo duas vezes, venceu nos pênaltis a favorita seleção dos EUA e se consagrou como a primeira seleção asiática a vencer uma Copa do Mundo Feminina de futebol. Vendo esse resultado surpreendente, nos remete uma questão fundamental e que se equivale as jogadoras brasileiras: O que falta para o Brasil se assumir como potência no futebol para mulheres?
Como pode um país que detém a melhor jogadora do mundo durante 5 anos consecutivos, nunca ter ganhado uma copa do mundo nem um mundial? Muito se evoluiu de uns tempos pra cá, como campeonatos femininos oficiais, transmissões em tvs abertas e fechadas, aumento de público e renda, mas o mais importante ainda não foi idealizado; um maior investimento e uma valorização que não ocorre com quase nenhum time feminino brasileiro.
Marta eleita pela Fifa como melhor jogadora do mundo
Meninas precisam jogar com meninos nas ruas, auto-sustentam-se,as vezes sem a ajuda do esporte e se ganham algum dinheiro, não se equivale nem um pouco aos jogadores de futebol masculino atuais. A melhor do mundo Marta, por exemplo, só conseguiu valorização de verdade fora do Brasil. Aliás, é só em outros países que as brasileiras conseguem sua devida valorização.Outro problema também existe porque ainda há muito preconceito contra mulheres jogarem futebol, um pensamento atrasado para um país que quer sediar uma olímpiada.
O que deve ser feito são igualdades nos direitos, tanto dos homens como das mulheres, ou pelo menos melhorar as condições de treinamento para jovens jogadoras, valorizando no país o que nós temos de melhor na modalidade.  O Santos Futebol Clube, por exemplo, foi pioneiro e repatriou alguns talentos,  ganhando campeonatos, inclusive internacionais, pois já sabem que público efetivo para o futebol feminino existe.
Então, para o país virar uma potência e se consagrar em um esporte que naturamente as brasileiras são capazes, é preciso dar a devida condição para que outras “Martas” e “Cristianes'' possam aparecer,  para que possamos gritar de uma vez por todas: O Brasil também é campeão entre as mulheres.

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